sexta-feira, 8 de março de 2013

Chernobyl " A Cidade Fantasma "

     A Cidade fantasma cituada no norte da Ucrânia, perto da fronteira com a Bielorrússia. O nome da localidade significa "Grama Negra". Nos anos 70 a União Soviética ( URSS ) atual Rússia , criou uma central nuclear . Em 26 de abril do ano de 1986 aconteceu um incidente nuclear , o reator central veio a ter falhas técnicos , que teve uma explosão imensa arremesando cores e cores ao céu ( 100 metros ) , porém liberou uma imensa nuvem de material radioativo , contaminndo todos que ali viviam e estavam no momento .
    As pessoas foram alertadas 30 horas depois do acidente, até então, tudo havia sido mantido em segredo. Apenas cinco trabalhadores da usina sobreviveram ao acidente. O acidente de Chernobyl teve quatrocentas vezes mais radiação do que a bomba atômica de Hiroshima no Japão, após a Segunda Guerra Mundial .


Foto: Daniel Berehulak
Depois de um terremoto de intensidade jamais vista e de um tsunami de poder destrutivo avassalador, o Japão encara mais um pesadelo: o risco de uma catástrofe nuclear. A região atingida pelos tremores, no nordeste do território japonês, tem diversas usinas de energia atômica, e o abalo provocou rachaduras, vazamentos e explosões. De acordo com o governo, a situação ainda está sob controle, mas ninguém descarta a chance de novo acidente nas usinas. A situação trouxe de volta à lembrança das pessoas a tragédia mais famosa da história da energia nuclear: a explosão ocorrida há 25 anos em Chernobyl, na antiga União Soviética, atual Ucrânia. O desastre foi tema de uma reportagem de capa de VEJA em 1986.

    O governo soviético admitiu: ocorreu um acidente num dos cinquenta reatores em operação no país – o da usina de Chernobyl, nas vizinhanças de Kiev, a terceira maior cidade da URSS. A partir daí a Europa começava a viver dias de medo ao mesmo tempo em que o mundo se dava conta, aos poucos, dos detalhes do maior acidente nuclear de todos os tempos. Em poucos dias, a nuvem radioativa estendeu-se por toda a Europa Central, atingindo a Suíça, o norte da Itália e batendo, na sexta-feira, sobre uma parte da Inglaterra. Carregada de iodo, césio e estrôncio radioativos, ela cobriu uma distância de 3.100 quilômetros, atingindo doze países, numa área equivalente à que vai de São Paulo ao Ceará. Enquanto isso, o governo soviético reconhecia o desastre em pílulas. Lacônico até mesmo diante das perguntas da Agência Internacional de Energia Atômica, à qual está filiado, ele só admitiu na noite de segunda-feira um desastre que ocorrera três dias antes. Desde o momento em que admitiram o desastre, fixou-se na versão de que o problema fora controlado, com a perda de duas vidas e a existência de 197 feridos. A estimativa dos serviços de espionagem americanos gira em tomo de 2.000 mortos, mas o governo soviético classifica todos esses cálculos como simples “boatos”. Era difícil saber o que sucedera em Chernobyl na noite de 25 de abril
O que aconteceu depois
Quando as circunstâncias da tragédia ficaram claras, soube-se que trinta pessoas morreram imediatamente em razão do acidente e que a causa foi um experimento não autorizado que fugiu ao controle dos cientistas. Nos anos seguintes, mais de 5.000 mortes foram atribuídas à contaminação e pelo menos 5 milhões de pessoas sofreram problemas físicos ou psicológicos em razão da exposição à nuvem de poeira radioativa. Ainda hoje, pesquisadores avaliam o aumento dos casos de câncer e outras doenças em razão da tragédia em Chernobyl. O colapso da União Soviética e a miséria que imperou nas ex-repúblicas na década de 1990 ajudaram a piorar o cenário. A Ucrânia, onde está a usina, interrompeu ou passou a atrasar o pagamento de compensações e ajudas às vítimas e famílias das vítimas. Em meados dos anos 90, o presidente da vizinha Bielo-Rússia, Alexander Lukashenko, permitiu que moradores pobres voltassem a morar na região contaminada, numa medida que gerou muitos protestos. Os demais reatores de Chernobyl funcionaram até 2000, quando as autoridades cederam à pressão internacional e desativaram toda a usina.


A cidade fastasma , ainda está com tudo deixado de lado , carros , roupas ... estão todas contaminadas com a radiotividade .




Hoje pode-se visitar parte da usina , por no máximo 15 minutos como turismo .

2 comentários:

  1. Muito bom o post! =)

    Foi realmente algo terrível! Eu sempre fiquei meio incomodada com as usinas nucleares, depois de saber sobre a tragédia de
    Chernobyl (em mais detalhes), mais ainda! o.O

    O trauma emocional de sobreviver um incidente como esse deve ser incomensurável. Você não tem certeza do quanto você foi exposto e se vai ter problemas sérios, provavelmente perdeu alguém se não várias pessoas ou todos que conhecia, teve que deixar *TUDO* para trás... Um erro e vem uma bola de neve do tamanho do globo. O ser humano devia tentar parar de mexer com coisas que não tem absoluto controle.

    Enfim, ótimo post! =)

    Aguardo ansiosamente os próximos! =D

    Beijos

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  2. Ótimo texto... merece uma manchete na Veja!!! Esclareceu com vários detalhes sobre um fato que marcou a vida de muitas pessoas alertando também sobre o medo de futuros problemas parecidos. Gostei muito! Não sabia deste seu lado jornalístico. Grande abraço LB!

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