quinta-feira, 19 de abril de 2012

Lâmpada de LED que dura 20 anos começa a ser vendida este mês

Em termos de lâmpadas não há muito o que se evoluir, mas a Philips conseguiu criar uma lâmpada diferente, feita de LED e que tem potencial para durar até 20 anos. O dispositivo, que recebeu prêmio de eficiência do departamento de energia americano, passou a ser vendido no final de semana nos Estados Unidos.
Lâmpada LED da Philips (Foto: Divulgação)


A lâmpada chega a ter até seis vezes mais vida útil do que as lâmpadas fluorescentes normais, e gasta apenas 10 W de energia, que pode gerar uma economia de em média 8 dólares ao ano, segundo a empresa produtora. Além disso, por não conter nenhum vapor de mercúrio, ela não prejudica tanto o meio ambiente se for quebrada.
O preço original da lâmpada de LED da Philips será de US$ 60 dólares, mas grandes cadeias de lojas americanas já garantiram que vão oferecer descontos e fazer com que o valor final atinja US$ 22 dólares. O objetivo é fazer com que ela substitua as lâmpadas incandescentes o mais rápido possível, já que em 2014 elas serão banidas por lá.

Marinha resgata náufragos perto de ilha no Pará


Três adultos e um adolescente foram resgatados nesta quinta-feira (19).
Eles não ficaram feridos no acidente próximo à Ilha de Cotijuba.

Marinha resgata náugrafos perto de Cotijuba (Foto: Comando do 4º Distrito Naval/Divulgação)



Marinha resgata náufragos perto da ilha de Cotijuba (Foto: Comando do 4º Distrito Naval/Divulgação)
A Marinha resgatou nesta quinta-feira (19) quatro pessoas em um acidente de barco perto da Ilha de Cotijuba, em Belém, no Pará. Três adultos e um adolescente foram encontrados sem ferimentos.
(Correção: Ao ser publicada, a reportagem informou que o resgate havia ocorrido em alto-mar. A informação foi corrigida às 21h06.)
O resgate foi realizado pela manhã. Uma equipe de inspeção naval da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental e o navio balizador Tenente Castelo prestaram socorro aos passageiros.
Como a embarcação virou, os quatro resgatados se abrigaram no casco. A Capitania dos Portos irá instaurar um inquérito para apurar as causas do acidente.
Três adultos um adolescente foram resgatados (Foto: Comando do 4º Distrito Naval/Divulgação)




Relatório do Código Florestal exclui regras para recompor beiras de rio

19/04/2012 18h58 - Atualizado em 19/04/2012 19h51
Relatório do Código Florestal exclui regras para recompor beiras de rio


Parecer foi apresentado nesta quinta pelo relator do projeto na Câmara.


Mesmo sem acordo com governo, votação está marcada para terça (24).


O relator do projeto de reforma do Código Florestal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), apresentou nesta quinta-feira (19) seu parecer sobre o projeto, com votação marcada para a próxima terça (24) no plenário da Câmara. Ele retirou do texto aprovado no Senado percentuais mínimos de recuperação das áreas de preservação permanente (APPs) desmatadas nas margens de rios localizados dentro de propriedades rurais.
A recomposição, segundo esta última versão da proposta, dependeria de novo projeto de lei ou medida provisória, e incluiria a participação dos estados. A definição seria feita em até dois anos, dentro do Programa de Regularização Ambiental (PRA). As regras gerais deste programa seriam estabelecidas pelo governo federal em até 180 dias após a aprovação da lei, mas as condições específicas ficariam a cargo dos estados.
"Caberá ao Poder Executivo, na definição dos critérios e parâmetros que nortearão o Programa de Regularização Ambiental, a fixação dessas faixas de proteção considerando as particularidades ambientais, sociais e econômicas de cada região", diz o relatório.
A mudança feita no relatório se aplica apenas às regras para quem precisar reflorestar as áreas de beira de rio, e que tenham sido desmatadas até julho de 2008. A recomposição é uma possibilidade de anistiar as multas aplicadas aos produtores que desmataram as APPs.
Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff suspendeu as multas por mais dois meses. O projeto do novo Código Florestal estabelece que, após a sanção e posterior definição das regras para as APPs, os produtores assinem termo para a recomposição. Caso não reponham a vegetação num determinado prazo, deverão pagar multa. As multas ficam suspensas a partir do momento da sanção.
Já para as propriedades que não tenham que realizar a recomposição, por manterem a mata nativa, por exemplo, ficaram mantidos o mínimo de 30 metros e o máximo de 500 metros como tamanhos para as faixas de preservação, variando de acordo com a largura do rio.


Mudanças
O texto apresentado por Piau contraria a versão aprovada no Senado, que estabelecia regras fixas para a recomposição. O relator alegou a impossibilidade regimental de alterar o conteúdo do texto, já que após a aprovação do Senado, só é possível retirar um determinado artigo ou recuperar a redação dada pela Câmara.
"A regra geral de Brasília para o Brasil inteiro não me parece uma medida inteligente. Os grandes produtores vão cumprir o que veio do Senado, porque o grande produtor não tem problema, ele não vai ser expulso, mas o pequeno e o médio, estes sim, têm que ser adaptadas as faixas sob pena de expulsarmos os produtores do campo", afirmou Piau.
Ele citou como exemplo pequenas propriedades do interior do Nordeste em que, dadas as regras previstas pelo Senado, a impossibilidade do plantio em beiras de rios poderia inviabilizar o uso de até 40% do solo.
Piau também excluiu do texto os artigos do projeto aprovado pelo Senado que regulamentavam as áreas de criação de camarões, os chamados apicuns, que considerou excessivamente detalhados. Apenas partes dos artigos que tratavam do uso restrito de solo foram mantidas, deixando claro que as criações dependem do zoneamento ecológico e econômico da zona costeira.
Também foi retirado o artigo que exigia a adesão de produtores ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) em até cinco anos para o acesso ao crédito agrícola. Segundo o relator, o cadastro depende do governo, o que poderia prejudicar os produtores. "O governo faz uma legislação que ele mesmo não tem o aparato técnico para atender aos produtores rurais do Brasil inteiro", afirmou.
'Debate campal'
O relator admitiu que não tem apoio do governo ao relatório, apesar das negociações das últimas semanas. Segundo ele, a posição de apoio ao texto que foi aprovado no Senado foi mantida pelo Palácio do Planalto, e a decisão ficará mesmo para o embate no plenário da Câmara.
"Não tem jeito, esta matéria é polêmica. Este projeto não vai agradar os radicais ambientalistas nem os radicais produtivistas, não tem jeito de chegar a um acordo. Chegamos a uma convergência máxima, à convergência possível. Vai ter debate campal", afirmou.
Ao todo foram feitas 21 mudanças no substitutivo aprovado pelo Senado no ano passado. Muitas foram apenas correções de redação e exclusão de artigos repetidos. Outras, trataram de pontos importantes para produtores rurais e ambientalistas.

Mesmo sem acordo, a votação está mantida na próxima terça-feira. A garantia foi dada pelo presidente da Câmara, Marco Maia, que se comprometeu pela votação com os líderes partidários. Na quarta-feira (18), a Comissão de Meio Ambiente da Câmara aprovou um pedido de que a votação fosse adiada.
"Esta possibilidade de adiamento não existe. Nós vamos votar o Código Florestal e vamos fazer um belo debate", afirmou o presidente da casa. Para Marco Maia, a falta de acordo não impedirá a votação. "O plenário é constituído para votar, para dirimir as dúvidas. Quando não se tem acordo, vota-se no plenário e vence aquele que conseguir convencer um número maior de parlamentares sobre seu projeto", afirmou Maia.



quarta-feira, 18 de abril de 2012

Militares e a Memória Nacional

Olavo de Carvalho - Filósofo e Cientista Político

Como todos os meninos da escola na minha época, eu não podia cantar o Hino Nacional ou prestar um juramento à bandeira sem sentir que estava participando de uma pantomima. A gente ria às escondidas, fazia piadas, compunha paródias escabrosas.

Os símbolos do patriotismo, para nós, eram o supra-sumo da babaquice, só igualado, de longe, pelos ritos da Igreja Católica, também abundantemente ridicularizados e parodiados entre a molecada, não raro com a cumplicidade dos pais. Os professores nos repreendiam em público, mas, em segredo, participavam da gozação geral.

Cresci, entrei no jornalismo e no Partido Comunista, freqüentei rodas de intelectuais. Fui parar longe da atmosfera da minha infância, mas, nesse ponto, o ambiente não mudou em nada: o desprezo, a chacota dos símbolos nacionais eram idênticos entre a gente letrada e a turminha do bairro.

Na verdade, eram até piores, porque vinham reforçados pelo prestígio de atitudes cultas e esclarecidas. Graciliano Ramos, o grande Graciliano Ramos, glória do Partidão, não escrevera que o Hino era "uma estupidez"?

Mais tarde, quando conheci os EUA, levei um choque. Tudo aquilo que para nós era uma palhaçada hipócrita os americanos levavam infinitamente a sério.

Eles eram sinceramente patriotas, tinham um autêntico sentimento de pertinência, de uma raiz histórica que se prolongava nos frutos do presente, e viam os símbolos nacionais não como um convencionalismo oficial, mas como uma expressão materializada desse sentimento.

E não imaginem que isso tivesse algo a ver com riqueza e bem-estar social. Mesmo pobres e discriminados se sentiam profundamente americanos, orgulhosamente americanos, e, em vez de ter raiva da pátria porque ela os tratava mal, consideravam que os seus problemas eram causados apenas por maus políticos que traíam os ideais americanos.

Correspondi-me durante anos com uma moça negra de Birmingham, Alabama. Ali não era bem o lugar para uma moça negra se sentir muito à vontade, não é mesmo? Mas se vocês vissem com que afeição, com que entusiasmo ela falava do seu país! E não só do seu país: também da sua igreja, da sua Bíblia, do seu Jesus. Em nenhum momento a lembrança do racismo parecia macular em nada a imagem que ela tinha da sua pátria.

A América não tinha culpa de nada. A América era grande, bela, generosa. A maldade de uns quantos não podia afetar isso em nada. Ouvi-la falar me matava de vergonha.

Se alguém no Brasil dissesse essas coisas, seria exposto imediatamente ao ridículo, expelido do ambiente como um idiota-mor ou condenado como reacionário um integralista, um fascista.

Só dois grupos, neste país, falavam do Brasil no tom afetuoso e confiante com que os americanos falavam da América.

O primeiro era os imigrantes: russos, húngaros, poloneses, judeus, alemães, romenos. Tinham escapado ao terror e à miséria de uma das grandes tiranias do século (alguns, das duas), e proclamavam, sem sombra de fingimento: "Este é um país abençoado!" Ouvindo-nos falar mal da nossa terra, protestavam: "Vocês são doidos. Não sabem o que têm nas mãos".

Eles tinham visto coisas que nós não imaginávamos, mediam a vida humana numa outra escala, para nós aparentemente inacessível. Falávamos de miséria, eles respondiam: "Vocês não sabem o que é miséria".Falávamos de ditadura, eles riam: "Vocês não sabem o que é ditadura".

No começo isso me ofendia. "Eles acham que sabem tudo", dizia com meus botões. Foi preciso que eu estudasse muito, vivesse muito, viajasse muito, para entender que tinham razão, mais razão do que então eu poderia imaginar.

A partir do momento em que entendi isso, tornei-me tão esquisito, para meus conterrâneos, como um estoniano ou húngaro, com sua fala embrulhada e seu inexplicável entusiasmo pelo Brasil, eram então esquisitos para mim.

Digo, por exemplo, que um país onde um mendigo pode comer diariamente um frango assado por dois dólares é um país abençoado, e as pessoas querem me bater. Não imaginam o que possa ter sido sonhar com um frango na Rússia, na Alemanha, na Polônia e alimentar-se de frangos oníricos.

Elas acreditam que em Cuba os frangos dão em árvores e são propriedade pública. Aqueles velhos imigrantes tinham razão: o brasileiro está fora do mundo, tem uma medida errada da realidade.

O outro grupo onde encontrei um patriotismo autêntico foi aquele que, sem conhece-lo, sem saber nada sobre ele exceto o que ouvia de seus inimigos, mais temi e abominei durante duas décadas: os militares.

Caí no meio deles por mero acaso, por ocasião de um serviço editorial que prestava para a Odebrecht que me pôs temporariamente de editor de texto de um volumoso tratado, O Exército na História do Brasil.

A primeira coisa que me impressionou entre os militares foi sua preocupação sincera, quase obsessiva, com os destinos do Brasil. Eles discutiam os problemas brasileiros como quem tivesse em mãos a responsabilidade pessoal de resolvê-los. Quem os ouvisse sem saber que eram militares teriam a impressão de estar diante de candidatos em plena campanha eleitoral, lutando por seus programas de governo e esperando subir nas pesquisas junto com a aprovação pública de suas propostas.

Quando me ocorreu que nenhum daqueles homens tinha outra expectativa ou possibilidade de ascensão social senão as promoções que automaticamente lhes viriam no quadro de carreira, no cume das quais nada mais os esperava senão a metade de um salário de jornalista médio, percebi que seu interesse pelas questões nacionais era totalmente independente da busca de qualquer vantagem pessoal. Eles simplesmente eram patriotas, tinham o amor ao território, ao passado histórico, à identidade cultural, ao patrimônio do país e consideravam que era do seu dever lutar por essas coisas, mesmo seguros de que nada ganhariam com isso senão antipatias e gozações.

Do mesmo modo, viam os símbolos nacionais - o hino, a bandeira, as armas da República - como condensações materiais dos valores que defendiam e do sentido de vida que tinham escolhido. Eles eram, enfim, "americanos" na sua maneira de amar a pátria sem inibições.

Procurando explicar as razões desse fenômeno, o próprio texto no qual vinha trabalhando me forneceu uma pista.

O Brasil nascera como entendida histórica na Batalha dos Guararapes, expandira-se e consolidara sua unidade territorial ao sabor de campanhas militares e alcançara pela primeira vez, um sentimento de unidade autoconsciente por ocasião da Guerra do Paraguai, uma onda de entusiasmo patriótico hoje dificilmente imaginável.

Ora, que é o amor à pátria, quando autêntico e não convencional, senão a recordação de uma epopéia vivida em comum?

Na sociedade civil, a memória dos feitos históricos perdera-se, dissolvida sob o impacto de revoluções e golpes de Estado, das modernizações desaculturantes, das modas avassaladoras, da imigração, das revoluções psicológicas introduzidas pela mídia. Só os militares, por força da continuidade imutável das suas instituições e do seu modo de existência, haviam conservado a memória viva da construção nacional. O que para os outros eram datas e nomes em livros didáticos de uma chatice sem par, para eles era a sua própria história, a herança de lutas, sofrimentos e vitórias compartilhadas, o terreno de onde brotava o sentido de suas vidas.

O sentimento de "Brasil", que para os outros era uma excitação epidérmica somente renovada por ocasião do carnaval ou de jogos de futebol (e já houve até quem pretendesse construir sobre essa base lúdica um grotesco simulacro de identidade nacional), era para eles o alimento diário, a consciência permanentemente renovada dos elos entre passado, presente e futuro.

Só os militares eram patriotas porque só os militares tinham consciência da história da pátria como sua história pessoal.

Daí também outra diferença. A sociedade civil, desconjuntada e atomizada, é anormalmente vulnerável a mutações psicológicas que induzidas do Exterior ou forçadas por grupos de ambiciosos intelectuais ativistas apagam do dia para a noite a memória dos acontecimentos históricos e falseiam por completo a sua imagem do passado.

De uma geração para outra, os registros desaparecem, o rosto dos personagens é alterado, o sentido todo do conjunto se perde para ser substituído, do dia para a noite, pela fantasia inventada que se adapte melhor aos novos padrões de verossimilhança impostos pela repetição de slogans e frases-feitas.

Toda a diferença entre o que se lê hoje na mídia sobre o regime militar e os fatos revelados no site de Ternuma vem disso. Até o começo da década de 80, nenhum brasileiro, por mais esquerdista que fosse, ignorava que havia uma revolução comunista em curso, que essa revolução sempre tivera respaldo estratégico e financeiro de Cuba e da URSS, que ele havia atravessado maus bocados em 1964 e tentara se rearticular mediante as guerrilhas, sendo novamente derrotada.

Mesmo o mais hipócrita dos comunistas, discursando em favor da "democracia", sabia perfeitamente a nuance discretamente subentendida nessa palavra, isto é, sabia que não lutava por democracia nenhuma, mas pelo comunismo cubano e soviético, segundo as diretrizes da Conferência Tricontinental de Havana.

Passada uma geração tudo isso se apagou. A juventude, hoje, acredita piamente que não havia revolução comunista nenhuma, que o governo João Goulart era apenas um governo normal eleito constitucionalmente, que os terroristas da década de 70 eram patriotas brasileiros lutando pela liberdade e pela democracia.

No Brasil, a multidão não tem memória própria. Sua vida é muito descontínua, cortada por súbitas mutações modernizadoras, não compensadas por nenhum daqueles fatores de continuidade que preservava a identidade histórica do meio militar.

Não há cultura doméstica, tradições nacionais, símbolos de continuidade familiar. A memória coletiva está inteiramente a mercê de duas forças estranhas: a mídia e o sistema nacional de ensino. Quem dominar esses dois canais mudará o passado, falseará o presente e colocará o povo no rumo de um futuro fictício.

Por isso o site de Ternuma é algo mais que a reconstituição de detalhes omitidos pela mídia. É uma contribuição preciosa à reconquista da verdadeira perspectiva histórica de conjunto, roubada da memória brasileira por manipuladores maquiavélicos, oportunistas levianos e tagarelas sem consciência.

Perguntam-me se essa contribuição vem dos militares? Bem, de quem mais poderia vir?

"...É graças aos soldados, e não aos sacerdotes, que podemos ter a religião que desejamos. É graças aos soldados, e não aos jornalistas, que temos liberdade de imprensa. É graças aos soldados, e não aos poetas, que podemos falar em público. É graças aos soldados, e não aos professores, que existe liberdade de ensino. É graças aos soldados, e não aos advogados, que existe o direito a um julgamento justo. É graças aos soldados, e não aos políticos, que podemos votar..."

Barack Obama
Conversa com Luciano Ariabo Quezo

"Falamos ‘facebook’ mesmo"

Nascido na aldeia Umutina, em Mato Grosso, o estudante de letras, de 22 anos, fala sobre o livro didático bilíngue que prepara para garantir a sobrevivência do seu idioma nativo


Índio Luciano Ariabo


Ariabo: “I zapá a Facebook”, “Curti você no Facebook” (Pedro Ormelese)

Quantas pessoas falam umutina?
A aldeia tem 600 pessoas, mas só os mais velhos falam. os novos aprendem só português. Eu só sei falar porque um ancião me ensinou.

Além de traduzir palavras, você vai codificar a estruturada língua?
Sim, é fundamental para ensinar as crianças. Por exemplo, para o plural, não usamos a letra s no final. o que fazemos é colocar uma palavra que indica “grande quantidade” perto do substantivo. Assim: peixe é “haré”; peixes, “haré makeawá”.

E os verbos?
Muitas vezes, não temos necessidade de usá-los. Para dizer “o rio Paraguai tem muitos peixes”, por exemplo, é só acrescentar olaripó, que é o nome que damos ao rio, à frase anterior: “olaripó haré makeawá”.

Há distinção entre gêneros?
Para substantivos e adjetivos, não. A distinção é só para alguns nomes próprios.

Como ficam palavras que designam coisas novas, como Facebook?
Fazemos como em português: adotamos o estrangeirismo. Não há nenhum problema nisso. Na aldeia, nós falamos “facebook” mesmo.

Os índios umutina usam Facebook?
A 15 quilômetros da aldeia há uma conexão com a internet. Todos os meus amigos usam.
Um iate diferente de tudo o que você já viu


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DivulgaçãoMelhor do que ter um iate é poder escolher um modelo cheio de estilo. Neste caso, a embarcação desenhada pelos italianos Simone Madella e Lorenzo Berselli seria uma boa opção. Revestido com bambu, ele tem um formato diferente, cheio de curvas. A inspiração veio do corpo de animais marinhos. E o Chronos Yatch, como foi batizado, não fica só na beleza: ele também tem características sustentáveis. Ele conta com painéis de vidro que captam a luz solar e paredes que absorvem o excesso de calor. Ambos são convertidos em energia. O barco também pode ser movido pela força do vento.

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O design da parte interna não perde para a fachada no padrão estético. A madeira é o material predominante no revestimento de pisos e paredes. Os móveis com formas modernas seguem o padrão do design externo do iate. Quem está a bordo não se incomoda com o barulho da água batendo no barco, porque a estrutura também tem uma acústica especial. Por enquanto, o Chronos é apenas um conceito. Confira mais fotos:
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18/04/2012 12h50 - Atualizado em 18/04/2012 16h05

Exército da Síria bombardeia Homs, e combates matam mais 14 na trégua
Novas manifestações pediram a saída do presidente Bashar al Assad.
Houve tiroteio em Erbin, durante visita de monitores da ONU.

O Exército sírio retomou nesta quarta-feira (18) seus bombardeios a bairros rebeldes de Homs, no centro do país, e matou pelo menos mais 14 civis em toda Síria, em novas violações do cessar-fogo patrocinado pela ONUx e pela Liga Árabe que teoricamente entrou em vigor no dia 12 de abril, segundo militantes.
Um civil foi morto a tiros pelas forças do regime na cidade de Kansefra, na província de Idleb (noroeste), e outro foi abatido por um franco-atirador em Deraa, berço da contestação no sul, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Dois civis morreram atingidos por obuses disparados pelas forças do governo no bairro de Khaldiyé, em Homs, enquanto que outros dois foram mortos a tiros em Homs e na cidade vizinha de Qousseir, acrescentou a organização em um comunicado.

Segundo os Comitês Locais de Coordenação (LCC), que organizam a mobilização no terreno, os bombardeios atingiram Khaldiyé, Bayada, Jourat al-Chayah e Al-Qarabis.
Cerca de 30% de Homs ainda foge ao controle do Exército, segundo o OSDH.











Uma menina de nove anos foi morta a tiros na região de Damasco, segundo o OSDH, e sete membros das tropas do governo perderam a vida na explosão de uma bomba na passagem de seu veículo na província de Idleb (noroeste).
Várias manifestações foram realizadas pela manhã em todo o país, principalmente em Damasco e em sua região, percorrida pelos observadores internacionais encarregados de supervisionar a aplicação do cessar-fogo previsto pelo plano do emissário internacional Kofi Annan, segundo militantes.
Oito pessoas ficaram feridas pelos disparos das forças do governo em Erbine, a 7 quilômetros da capital, de acordo com o OSDH, e em Dmeir, a 40 km de Damasco, pelo menos sete pessoas foram presas.
Vídeos divulgados na internet mostraram centenas de manifestantes exigindo a queda do regime e brandindo bandeiras "da revolução". "Juramos que não recuaremos, mesmo se o mundo inteiro estiver contra nós", gritavam os manifestantes em Ibtaa, na província de Deraa, segundo um vídeo postado por militantes.
Na terça-feira, o OSDH indicou 20 mortes, sendo 17 civis, em episódios de violência que comprometem a missão de observadores.
Monitores
Houve tiroteios nesta quarta na cidade síria de Erbin, na província de Damasco, durante visita dos monitores, afirmaram a mídia estatal síria e ativistas.
Imagens de vídeos amadores de ativistas, supostamente feitos em Erbin, na província de Damasco, mostraram dois carros brancos com sinais da ONU cercados por manifestantes anti-Assad.
O canal de televisão Ikhbariya disse que um "grupo terrorista" também tinha plantado uma bomba em um posto de controle, ferindo um membro das forças de segurança sírias.
Outro vídeo da Internet, que segundo ativistas foi filmado em Erbin, mostrou uma multidão de pessoas correndo por uma rua com o som de armas de fogo automáticas no fundo.
Há até agora apenas seis observadores da ONU na Síria, liderados pelo coronel marroquino Ahmet Himmiche. Na terça-feira eles fizeram uma viagem à a cidade de Deraa, no sul, aparentemente sem incidentes.
Nesta quarta, foram para Erbin, nos arredores de Damasco, escoltados por carros da polícia síria, e foram cercados por manifestantes que acenavam bandeiras e protestavam contra o presidente Assad.
A faixa dizia: "O açougueiro continua matando, os observadores continuam observando, e as pessoas continuam com a sua revolução. Nós nos curvamos apenas a Deus. "
Himmiche atravessou a multidão apertada vestindo uma boina azul da ONU e colete à prova de balas e entrou em seu veículo, onde falou em um alto-falante, aparentemente pedindo para a multidão se afastar e deixar os carros saírem.
A violência deixou mais de 10 mil mortos na Síria desde o início da revolta popular, no dia 15 de março de 2011, que tem sido violentamente reprimida pelo regime de Bashar al Assad, segundo o OSDH. A grande maioria das vítimas é civil.
O regime acusa "terroristas" de tentarem desestabilizar o país.